Na barbearia clássica Belarmino praticam-se cortes clássicos, aparam-se e desfazem-se barbas com navalha e toalha quente. Não raramente, fazem-se amizades. É o resultado do serviço tradicional e hospitaleiro.
Nos tempos idos de Belarmino, o grande pugilista de Lisboa, a vida dura e por vezes madrasta não chegava para mandar os homens abaixo. Não era a riqueza que fazia o cavalheiro: era a ética, o trabalho, o brio, o aprumo.
Na barbearia Belarmino o espírito é mais ou menos esse: não importa que história e fortuna tem o homem. Quando se levanta de uma das duas cadeiras Belmont vai pronto a ouvir, ao dobrar uma esquina de Lisboa ou de qualquer cidade do mundo: "Vai ali um cavalheiro".