A Casa do Povo de Penacova foi fundada por alvará de 27-XI-1960 e o edifício onde tem as suas instalações foi construído expressamente para esse fim.
Com o 25 de Abril modificaram-se as normas para as quais as Casas do Povo tinham sido criadas.
Assim, hoje, a Casa do Povo de Penacova é (segundo os seus Estatutos, aprovados a 4 de Abril de 1998, em Assembleia Geral Extraordinária convocada para o efeito) "uma pessoa colectiva, de base associativa, constituída por tempo indeterminado com objectivo de promover o desenvolvimento, o bem-estar e a solidariedade social da comunidade local."(in Capítulo I - Natureza e fins -, Secção I - Caracterização -, Artigo 1º - Natureza).
A Casa do Povo tem a sede em Penacova (Concelho de Penacova e Distrito de Coimbra), abrange as freguesias de Penacova, Carvalho, Sazes e Oliveira do Mondego do referido Concelho e tem por finalidade desenvolver actividades sociais, culturais, desportivas, recreativas e de solidariedade social com a participação dos interessados, bem como colaborar com o Estado e as Autarquias proporcionando-lhes apoio que em cada caso se justifique, por forma a contribuir para a resolução de problemas da população da respectiva área.
Já chegou a ter cerca de 1800 Sócios que pagavam uma cota simbólica de 360 (!) escudos anuais (isto é 1,80€ - ou seja 30 escudos por mês), equivalente a uma quota diária inferior a 1 Escudo).
Actualmente, conta com cera de 300 sócios efectivos que pagam uma quota simbólica de 5,00€ (cinco euros) anuais.
A Casa do Povo de Penacova alberga nas suas instalações uma Banda Filarmónica, uma Escola de Música, o Museu da Banda Filarmónica, a Comissão "Amigos da Banda", o Coral Divo Canto, a Secção de Teatro Amador, e as sedes da Secção de Dadores de Sangue de Penacova, do Rancho Folclórico, da Confraria da Lampreia de Penacova e o Clube de Terra e Água Desporto e Aventura de Penacova.
Em 1972, vinha assim escrito na revista do Concelho de Penacova, a respeito da "Casa do Povo da Freguesia de Penacova:
"Casa do Povo da Freguesia de Penacova
O melhor elogio que já se teceu à instituição das Casas do Povo retira-se da maneira como foram recebidas ou são aguardadas por todo o lado. A explicação é desnecessária por ser conhecida: em meios pequenos ou afastados dos grandes centros tudo é difícil, desde a Assistência até ao passatempo ou diversão. Por todo o lado, povo sem transportes, nem tempo, nem dinheiro para frequentar o teatro da vila, ou o cinema, ou comprar televisão; povo sem recintos para praticar desporto ou sentar os filhos na relva; povo sem caminhos nem posses para a consulta necessária às feridas que uma vida dura vai abrindo. A importância das Casas do Povo traduz-se, assim, na resposta às necessidades mais prementes das populações e na oferta de um lugar onde se possam reunir, conversar, conviver com o indispensável conforto.
Adesão que é, ao mesmo tempo, confissão de fraqueza e de reconhecimento. Uma porta aberta à Solidariedade.
A Casa do Povo da Freguesia de Penacova foi fundada por alvará de 27-XI-1960. Vida difícil até aqui, natural se se pensar no isolamento que sempre rodeou essas pessoas e nas reservas que hão de deixar transparecer. Mas neste momento, está em festa e anuncia a sua verdadeira força: a sede está em construção e já tem campo onde a pequenada poderá (é preciso e urgente que a deixem!) dar largas à vida e à alegria.
à Direcção que tem por Presidente Álvaro Esteves Viseu, por Vice-Presidente Alípio Carvalho e por Tesoureiro Manuel Batista Rodrigues Ferreira e por Secretário Armando Duarte; À Assembleia Geral, a que preside o Dr. Augusto Soares Coimbra e tem como VogaisAugusto Pedro Amaral e Daniel Martins Rodrigues e Chefe de Serviços Alípio Coelho de Almeida Leitão; Aos Sócios (103 efectivos, 189 equiparados e 1114 contribuintes), cabe a responsabilidade da projecção que a "casa" vier a ter. A actividade em 1971 já foi notável (5919 consultas, subsídios por doença, invalidez, velhice, etc.).
É preciso que seja sempre melhor, sobretudo a partir de agora em que a nova sede é quase realidade.
É necessário que as pessoas comecem a acreditar."