Freguesia de Santo André das Tojeiras - Junta de Freguesia

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Os factos e a história de Santo André das Tojeiras
O mapa da freguesia, com a forma de coração humano, situa-nos entre os concelhos de Proença-a-Nova (Poente) e Vila Velha de Rodão (Sul), e a freguesia de Sarzedas (Norte). Como principais delimitações temos os rios Ocreza e Alvito e a Estrada Nacional nº 233.
A sede da freguesia, Santo André, dista 6 kms de Sarzedas e 28 kms de Castelo Branco, sede de concelho.
Somos uma autarquia recente, com pouca história, pois a freguesia foi criada por Decreto de 1 de Novembro de 1926. Isto não impede que assumamos a história bem antiga de Sarzedas, de onde fomos destacados em 1926, e a quem forma concedidos 2 forais, respetivamente de 1212 (D. Sancho I) e 1512 (D. Manuel I).
A criação da nossa freguesia foi controversa e bastante contestada a nível de Sarzedas, dado que amputou uma parte substancial do território desta ultima freguesia, a par de interesses económicos vários. Porém as vantagens para os nossos povos suplantaram largamente os inconvenientes apontados. Apesar da justeza da decisão do governo, reconhecemos que tal decisão teria sido protelada, se as circunstâncias do memento não tivessem militado a nosso favor. Com efeito, quis o destino, que após o movimento de 28 de Maio, de 1926 tivesse sido nomeado Governador Civél de Castelo Branco o Coronel Adriano da Costa Macedo, amigo de infância do Sr. Artur Lourenço Fernandes do Vale da Pereira, comerciante próspero em Lisboa onde fundara a Papelaria Fernandes e na altura vereador da Câmara de Castelo Branco.
Deve-se à influência destes dois homens a publicação do Decreto de criação da freguesia. As autoridades religiosas acompanharam criando logo de seguida a nova paróquia.
Após as decisões legais antes referidas houve que implantá-las no terreno. Os trabalhos de implementação couberam ao Sr. Artur Lourenço Fernandes e Padre Manuel de Jesus Rodrigues de Silveira dos Limões, ajudados por incontáveis homens bons da freguesia, a que há que prestar justa homenagem, pois não se pouparam a gasto e sacrifícios para pôr de pé uma obra que partiu do zero.
Com efeito a sede da freguesia implantada, num gesto sábio e inteligente, em local quase deserto mas estratégico, por ser bastante central e se encontrar no cruzamento de diversos caminhos. Apenas aí existia uma pequena ermida do Século XVII votada a Santo André, e daí o nome que foi dado à freguesia. No local escolhido, com o auxílio dos povos, em breve foi construída a igreja e a casa paroquial, a escola com 2 salas de aula, bem como o cemitério. Diversos comerciantes secundaram as entidades públicas e construíram também as suas casas comerciais, cujas estruturas ainda hoje são bem visíveis na sede da freguesia. Foi também altura para se iniciar a construção da estrada que liga Santo André à Estrada Nacional nº 233 no Cabeço do Infante.
Vistos os Factos passemos à História. A já referida ermida de Santo André, hoje destruída e de que resta um altar com talha do Século XVII, tem a sua origem envolta numa certa lenda, que refere que em certa data não apurada, alguns contrabandistas terão sido perseguidos pela Guarda Real e no Vale do Santo (ainda hoje assim denominado) esconderam a sua carga e fugiram. No rescaldo depararam com uma imagem de Santo André, que pertencia à carga dos contrabandistas e que milagrosamente não tinha ardido. Dai até à construção daí até à construção de uma capela para acolher a imagem do Santo deve ter sido um ápice. Logo após passou a fazer-se uma festa anual para homenagear o Santo André e o pároco de Sarzedas deslocava-se algumas vezes ao local para celebrar a missa dominical e facilitar a vida às populações, algumas das quais tinham que fazer 9 a 10 kms para assistirem à missa, para se desobrigarem na altura da quaresma, ou para celebração de casamentos, batizados ou funerais.
O povoamento da região em que nos encontramos é muito antigo e disso são testemunho os diversos achados arqueológicos que têm sido encontrados. Estudos levados a efeito e já publicados, mostram que esta zona foi povoada pelo homem de Neanderthal nos períodos do Riss final de yyurmiense antigo.
Vestígios múltiplos encontrados demonstram também a presença dos romanos, que aqui desenvolveram atividades na exploração de minérios, nomeadamente nos campos do ferro, cobre e ouro de alvirão.
Visigóticos e árabes também por aqui viveram em tempos remotos e disso são testemunhos alguns caminhos cavados na rocha, bem como as lendas ainda hoje evocadas que giram à volta da ação das mouras encantadas, que atuavam em ocasiões especiais e depois desapareciam misteriosamente e sem deixar rasto.
Por último uma referência breve à economia da freguesia no momento presente.
Zona essencialmente agrícola, com base na exploração da oliveira, pinheiro e eucalipto, sofreu um rude golpe com os incêndios dos últimos anos, que reduziram a cinzas mais de dois terços do olival e pinhal da freguesia. Escusado será referir as condições daí derivadas. Pudesse ao menos ser aproveitada a ocasião para ser levada a efeito uma reestruturação de minifúndio, que constitui o maior óbice à rentabilidade da propriedade agrícola local.
In: Dr. Armando Lourenço Rodrigues

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