Fundacao Livraria Esperança

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História do Sr. Jacintho Figueira de Sousa

O Senhor Jacintho Figueira de Sousa, nasceu em 1860 e foi uma pessoa com ideias avançadas em relação ao tempo em que viveu.
Resolveu dedicar-se aos livros e artes tipográficas, pelo que foi “aprender a arte” para uma tipografia que já existia na Travessa do Forno, pelo menos desde 1848. Entretanto importava livros do Continente, por encomendas antecipadas, que depois entregava aos seus clientes. Temos livros com o seguinte carimbo: “Assigna-se no Centro de Assinaturas de Obras Ilustradas e Românticas, de Jacinto Figueira de Sousa – Funchal 1883” .

Depois de “FAZER EXAME DE TYPOGRAFO”, perante a denominada “Casa dos 24” , que lhe deu a respectiva Licença, em 1886 comprou essa antiga typographia, e estabeleceu-se com a LIVRARIA E TIPOGRAFIA ESPERANÇA, no local onde ficou até 1914 e para onde foi residir.

A ideia de abrir a Livraria Esperança, deveu-se a que alguns comerciantes também tinham passado a “vender livros”, mas misturados com outras mercadorias, o que indignava o Senhor Jacinto. Por isso a Livraria Esperança, desde 1886 até hoje SÓ VENDE LIVROS. Porque o movimento da livraria era muito reduzido, não tinha empregados, e foi montada uma porta de vidro, com molas, que fazia tocar uma campainha quando entrava um Cliente, vindo atende-lo o próprio Senhor Jacinto. Depois teve a colaboração de um sobrinho, e o desenvolvimento surgiu pouco a pouco. FOI A PRIMEIRA LIVRARIA DO FUNCHAL, e uma das mais antigas de Portugal.

Em 1889, com 29 anos, quis editar um jornal; como não lhe deram “Alvará” resolveu o problema publicando um bissemanário, denominado “O Reclame” para distribuição gratuita, e que vivia unicamente da publicidade, não necessitando de licença. Foi o primeiro do seu género em Portugal, sendo talvez essa a primeira ideia pioneira do Senhor Jacinto. O número 1 saiu em 21/11/1889, e o último com o número 230 em 10/6/1891. Felizmente temos a colecção completa encadernada dessa autentica “relíquia”. A partir de Maio de 1890, deram-lhe a licença para ser vendido como todos os outros.

Logo no Reclame de 30/11/1889, aparece um anúncio estranho: “compram-se esmeraldas de qualquer tamanho, por preços convidativos. Nesta Typographia se diz.”Mais um “negocio” do Sr. Jacinto, do qual se ignora o sucesso e a continuidade. E porquê somente Esmeraldas?

Em 1898 criou a “Casa Eléctrica da Madeira”, a primeira empresa particular para fazer instalações eléctricas, actividade até então exercida exclusivamente pela “The Madeira Electric Lighthing Company Limited”, que desde 19/5/1897 tinha a concessão da “Iluminação eléctrica no Funchal”.
Também a partir de 1898 foi “Empresário Teatral”, contratando companhias de Lisboa, que davam temporadas de espectáculos no Teatro Maria Pia, alugado a Câmara Municipal do Funchal. Este Teatro tem actualmente o nome do Poeta Madeirense Baltazar Dias.


Alem de importar pianos e outros instrumentos da Alemanha, em 1900 foi ao Porto contratar um “luveiro”, e com a “mão-de-obra da casa” (esposa, sogra, duas cunhadas e uma amiga), criou a “Luvaria Elegante”, onde pela primeira vez na Madeira se fabricaram “luvas por medida”. Mais uma inovação no Funchal. Também imprimia livros, em colaboração com Editores de Lisboa; importava papel da Inglaterra, mais barato e de melhor qualidade do que o fabricado em Portugal, e enviava as folhas impressas para o Continente para acabamento.

Nas suas inúmeras deslocações a Portugal, eram-lhe oferecidas Agencias de muito produtos, sendo talvez uma das mais importantes o “Sal Vatel”, que vinha às toneladas para a Madeira. Existe correspondência de muitas dessas aventuras.

Naturalmente aproveitava os contactos com Editores e Livreiros para aumentar os seus conhecimentos de typographia, pelo que se tornou um dos mais competentes técnicos do sector em Portugal, chegando a “inventar” novos processos de trabalho, o que levou a ser convidado para Técnico Encarregado Geral de uma grande Organização do género em Lisboa.

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