6.8.1987.
Com cheiro a tradição e luz de nostalgia.
Abriu a sua porta a um fim de tarde a todos os que passassem e fossem atraídos pelo espaço.
Acolhedora, onde de inverno a sua lareira rústica, chispa harmonia.
De entre alguns pormenores no seu interior, sobressai um candeeiro de chão em ferro, ligeiramente inclinado, que lembra o saudoso Vasco Santana com a sua frase “dás-me lume?”.
Este deu azo a muitas perguntas: “O candeeiro está torto porque não cabia dentro de casa?”
Durante anos a Adega serviu petiscos (Chouriço assado, Sangria, Caldo verde, Presunto com Broa de milho, Moelinhas…)
As noites nem sempre eram iguais, ora era Fados, ora era Flamenco, ora era Salsa e o que á última da hora era proposto.
Sendo assim as noites tornavam-se temáticas, completando com o prato tradicional do país correspondente ao espetáculo.
O Fado, com a garra dos fadistas lisboetas, que cantavam o sentimento, a dor, a saudade (a tal palavra “saudade” que vive sem tradução), sempre bem acompanhados no choradinho de uma guitarra portuguesa.
Local onde acontecem exposições de pintura, tertúlias e palestras.
Sempre disponível a eventos e festas. Uma alegria.