Centro Cultural Regional de Santarém, C.R.L

O Centro Cultural Regional de Santarém, C.R.L foi criado em consequência de um projecto de descentralização cultural da Secretaria de Estado da Cultura, com o apoio da Câmara Municipal de Santarém.
Depois de muitas reuniões para a criação do Centro foi constituído em 28 de Novembro de 1979, um secretariado Executivo Provisório que viria mais tarde a passar a Comissão Instaladora por motivos de reconhecimento público, preenchido por um grupo de pessoas eleitas pelo conjunto das Associações da cidade, constituindo estas a Comissão Promotora.
Sentindo a necessidade de implicar todo o distrito do Ribatejo no centro cultural, passaram a estar representados na Comissão Promotora agentes culturais, como Abrantes, Cartaxo, Almeirim, Torres Novas, algumas associações.
No dia 30 de Março de 1980 realizou-se a Assembleia-geral Constituinte do CCRS com a presença de representantes de 34 Associações e Grupos de distrito de Santarém, para além dos membros da Comissão Instaladora.
No dia 10 de Julho de 1980 foi realizada a escritura do Centro Cultural Regional de Santarém por dez sócios fundadores, sendo eles: Luís Filipe Malha de Almeida Valente; Gualter Rodrigues Pedro; António Oliveira Luís; Francisco Pereira Viegas; António José Esteves Amaral; Maria Raquel Raimundo Mesquita; Nuno Ferreira da Costa Domingos; José Manuel Leandro Pinto Bastos da Silva; Orlando Oliveira Rodrigues; Virgínia da Conceição Ferreira Fróis.
Alberto Serra, numa entrevista concedida à revista de intervenção sócio-cultural “Intervenção” (n.1, 2ª série, 1982: 7) afirmou “O Centro Cultural foi constituído por um conjunto de agentes culturais que sentiam desde há muito a necessidade de uma certa coordenação de esforços” e que o Centro “tem uma preocupação fundamental no domínio da formação dos agentes culturais” e a (1982: 8) “a divulgação do produto artístico dos núcleos culturais espalhados pelo distrito.”
Para a concretização dos objectivos do CCRS, tem havido, desde a sua fundação, uma articulação na organização de certas acções com a Câmara Municipal, cujas áreas principais de actuação, no entender de Alberto Serra, deverão ser “elevar, engrandecer e apoiar todas as iniciativas; criar formas para essas iniciativas se tomam cada vez mais importantes – através da criação de espaços, prestar o apoio logístico, etc.” (1982: 8)
Desde então, tem sido primordial criar protocolos que mantenham e apoiem as actividades e acções, com a Câmara Municipal de Santarém entre outras instituições, com base nos interesses recíprocos das entidades envolvidas.