Farta Brutos

Desde sempre no mesmo local do Bairro Alto, bairro das típicas noites da Lisboa boémia, na Travessa da Espera, e situado num prédio pombalino com origens em 1732, fica o restaurante Farta Brutos, onde não faltam
antiguidade e tradição. Já existia em 1900, fundado por José Fernandez Fortes, antigo cozinheiro de bordo, cuja bondade, honradez e dotes de trabalho eram proporcionais ao seu avantajado físico. Por morte de José e de sua mulher, uma senhora franzina de nome Glória, o filho Isidro Fortes ficou explorando o restaurante até ao seu
falecimento súbito, em 1949. Nessa altura, o estabelecimento é adquirido por Augusto Oliveira Machado, jornalista desportivo, árbitro de futebol e poeta do fado, coadjuvado por sua mulher Albertina, exímia cozinheira, pais do
escritor Dinis Machado. Esteve na posse do progenitor até cerca de 1968. Seguiu-se outro período, de mais ou
menos uma década, em que a casa pertenceu ao casal João Gonçalves e Maria das Dores, esta com anterior e assinalada permanência na «Adega Machado».
Em Junho de 1980, remodelado, mudou de mãos e de nome, passando a chamar-se «Tavares Pobre». Durou pouco este, já que em 1985, depois de fechado durante cerca de dois anos, reabriu com o nome de sempre, agora sob propriedade e gerência dos sócios e amigos Francisco Oliveira e Ramiro Silva.
Entre as personalidades mais ilustres que já frequentaram este restaurante, destacam-se José Saramago (Nobel da Literatura), Júlio Pomar (Pintor), Manuel Alegre (Escritor/Poeta), José Cardoso Pires (Escritor)
e muitos outros.
A boa cozinha regional portuguesa e um serviço personalizado, eficiente e amável, é o que poderá encontrar no restaurante Farta Brutos. Seguindo a melhor tradição da gastronomia nacional, neste restaurante pode
deliciar-se com variados pratos de carne e com os mais diversos peixes, sempre frescos. As sobremesas são
também uma especialidade desta casa. Tudo isto, para ser apreciado com os mais conhecidos vinhos nacionais de qualidade ou com outras bebidas ao seu dispor.