Freguesia do Coronado

rua do Horizonte, 1062, Coronado, 4745-532 São Romão Coronado
Freguesia do Coronado Freguesia do Coronado is one of the popular Government Organization located in rua do Horizonte, 1062 ,Coronado listed under Government Organization in Coronado ,

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More about Freguesia do Coronado

História:

Situa-se no extremo sul do Concelho, fazendo fronteira com as Freguesias de Covelas, Santiago de Bougado, Muro e com as Freguesias Maiatas de Santa Maria de Avioso, Silva Escura e Folgosa.
É muito difícil determinar com maior ou menor exatidão quando tudo começou. Sabe-se que a meio da Freguesia, existiu uma Mamoa (construções sepulcrais pré-históricas), Coronado, desde o início da sua existência, sempre atraiu os homens, pela fertilidade das suas terras.
Apesar da falta de documentação, está fora de dúvida que o povoamento desta região data de épocas bem mais remotas, do século III ou IV, quando a paisagem agrária romana passou a dominar toda a zona, ou se bastante antes de Cristo como o atestam diversos testemunhos de natureza arqueológica.
A Freguesia, distribuída por uma colina de pouco declive e por uma grande parte da Vila, sempre reuniu as melhores condições geomorfológicas para atrair as populações. O clima, a textura dos solos e a densa vegetação existente eram as condições ideais para o desenvolvimento da prática agrícola, mas para isso foi necessário um trabalho de grande paciência, para transformar as costeiras dos montes e os vales inundados em campos produtivos.
O termo “Vila” sobreviveu a todas as invasões e devastações posteriores até chegar quase à fundação do Estado Português. A comprová-lo, existe o documento datado de 1013, uma doação de Dona Unisco Mendes, dos mosteiros de Leça do Balio e de Vermoim, ao Abade do mosteiro de Vacariça de nome Tudeio, ao de Vermoim, refere entre outras coisas “ que concede todas as suas pertenças na Vila do Cornato com a Igreja que tem por orago São Mamede e São Romão”.
Ninguém sabe se nesta altura São Mamede e São Romão já eram paróquia ou Freguesias. Nesta altura as duas palavras significavam o mesmo, o termo Freguesia, antes de ter o significado atual, circunscrição com autonomia administrativa, significava o mesmo que paróquia, a comunidade dos fiéis. De “filli ecclesia” (filhos da Igreja), derivou a palavra Freguesia.
Em 1046, aparece um novo documento, confirmando a doação referida ao abade Tudeio, onde se fala de várias herdades e lugares, como São Mamede do Coronado e São Romão do Coronado ao Mosteiro de Moreira.
Em 1386, surge nova referência à Freguesia. Maria Pires faz a doação de uma herdade que tinha no Coronado.
O que não deixa qualquer dúvida é que Coronado pertenceu desde sempre à celebrada Terra da Maia. Vamos encontrar esta no século X, fazendo parte do território portucalense, e dividida em Vilas, muitas delas vindas ainda dos tempos romanos.
Coronado, pelo Direito Dominical, as suas terras eram na maior parte dos monges Beneditinos do Mosteiro de Santo Tirso; alguns Morgados e pessoas de particulares eras “direitos senhorios de vários casais da Freguesia”, o resto era pertença do Reino.
Quando o reinado de D. Dinis se procede ao levantamento da população pode ler-se no que à Maia diz respeito: «Tem mais o julgado da Maia em que moram os seguintes por Freguesia. Na Freguesia do Coronado, 45 moradores», (que significaria habitações).
Nesta altura a Vila era uma das Freguesias mais povoadas da Terra da Maia da qual faz parte até 1836.
São Mamede do Coronado, em conjunto com São Romão do Coronado, é elevado a Vila a 24 de julho de 1997, e a 19 de novembro esta deixa de fazer parte do Concelho de Santo Tirso e nesse dia começa em conjunto com oito Freguesias a fazer parte do Concelho da Trofa. Mais recentemente em 29 de Setembro de 2013, com a reforma administrativa das Freguesias, São Mamede e São Romão uniram-se fazendo jus à história, e tornando-se assim definitivamente Vila do Coronado. Atualmente a Freguesia do Coronado é uma das cinco Freguesias do Concelho da Trofa.

Toponímia:

Entre as grandes preocupações do espírito humano a questão da origem tem sido e será sempre uma das maiores culminantes. Será muito difícil a alguém determinar com maior ou menor exatidão quando tudo começou. Sabe-se que perto da fronteira com São Romão havia mamoa (construções sepulcrais pré-históricas) e também a tradição oral refere que perto existia um cemitério romano ladeado por um rio, o rio da Mamoa, o que nos leva a perceber que poderá ser a consagração de um certo tipicismo geográfico (aldeia em forma de coroa – “coronna”), de onde surgiu o nome Coronado. Mas ainda existe outra hipótese para o surgimento deste nome, segundo alguns registos diz-se que foi sepultado um soldado Romano de nome Corona.

Clima e solos:

A nível de solos o Coronado é distribuído por uma grande parte do vale e por uma colina de pouco declive. O clima, a textura dos solos e a densa vegetação existente eram sinónimos de condições ideias para o desenvolvimento da prática agrícola, desta forma sempre reuniu as melhores condições geomorfológicas para atrair as populações.
Todo um trabalho de grande paciência foi necessário, para transformar as costeiras dos montes e os vales inundados em campos produtivos.
Os solos perto de Mendões e a região do Muro assentam sobre o granito, o contacto desta rocha com outras propriedades faz com que aqui se predomine um granito Biótico com características muito próprias.
As chuvas nesta região são numerosas e por vezes em demasia, para combater os anos menos pluviosos existe em todo o Concelho da Trofa, Fontes e Minas que são verdadeiras maravilhas.

Demografia:

Segundo os censos de 2011, a população residente tem um total de 9119 pessoas.
Entre os Censos do ano de 2001 e dos censos de 2011 existiu uma subida de 916 pessoas, esta subida está relacionada com o nascimento de mais crianças e o facto da Freguesia do Coronado, estar perto das grandes cidades litorais do norte e com bons acessos ao grande Porto, faz com que as pessoas optem por viverem no sossego desta Vila.
As zonas industriais, implementas no Coronado, também fez com que haja novos residentes na Freguesia.

Oragos:

- São Mamede
Não se conhece a data exata do seu nascimento de São Mamede, sabendo-se apenas que morreu a 275 em Cesareia da Capadócia. Após o seu nascimento os seus pais foram assassinados, não tendo a oportunidade de conhecer o seu filho. Mamede sendo uma pessoa movida pela fé construiu um altar no deserto, onde pregava a palavra de Deus aos animais selvagens e onde fazia queijos com leite das fêmeas que depois dava aos pobres. Mamede, apesar de ser bom, sofreu injustamente pelo que foi preso e lançado às feras que inexplicavelmente não lhe tocaram, de seguida escapou milagrosamente de um forno ao qual foi condenado e já não tendo tanta sorte Mamede foi estripado com um tridente.
São Mamede tem como atributos o tridente, um Leão, corças leiteiras e outros animais.
Para além de Padroeiro desta Freguesia, Mamede também é conhecido como o padroeiro dos bombeiros, (pois apagou um fogo com lágrimas), também é conhecido como o padroeiro dos queijeiros e dos fabricantes de lacticínios.
No interior da igreja para além da imagem do padroeiro também podemos encontrar quatro painéis de azulejo, de consideráveis dimensões, com diversas facetas da vida de São Mamede. São elas:
• Nascimento do menino Mamede;
• Mamede aos 18 anos no deserto da Capadócia;
• Mamede perante o imperador Aureliano, recusando-se a negar o Cristo;
• O martírio de São Mamede.


- São Romão, bispo de Ruão
Bispo de Ruão durante o reinado de Clóvis, entre 626 e 638. Consta que terá destruído um templo de Vénus. Além disso, a lenda refere numerosos milagres. Quando se disponha a celebrar o batismo, advertiu que o recipiente com o santo óleo fora esquecido. Um clérigo correu a buscá‐lo, mas com a pressa, partiu a âmbula. O bispo pôs se em oração e de imediato aconteceu o milagre: os fragmentos de vidro voltaram a reconstruir o recipiente entre sus dedos, depois, apoiando o orifício da âmbula sobre o chão do batistério, o azeite derramado se introduziu nela até enchê‐la. Resistiu à tentação da concupiscência, como santo Antão, com o diabo, disfarçado de mulher, como ardil para confundir e vencer a sua virtude. Numa noite de inverno, estando em oração no seu quarto, uma mulher nua chamou à porta. Primeiro, duvidou abrir, mas ao vê‐la a tiritar de frio, teve piedade. A mulher aqueceu‐se ao lume e, subitamente, soltou o cabelo. O santo estava em perigo de cair nas redes da diabólica sereia quando, no momento decisivo, se apresentou um anjo do Senhor que a pôs em fuga. O mais popular dos seus milagres foi a luta que teve com um dragão monstruoso chamado a Gárgola que devastava os arredores de Ruão. O rio Sena tinha transbordado e São Romão ordenou‐lhe que regressasse ao seu leito, mas do canal saiu um dragão terrífico. O bispo avançou com valentia ao seu encontro, acompanhado apenas por um condenado à morte, o único que aceitou segui‐lo. São Romão conseguiu atar o monstro e torná‐lo inofensivo, passando‐lhe a estola à volta do pescoço. Em comemoração deste acontecimento, o arcebispo e o capítulo da catedral de Ruão conservaram até à Revolução, o direito de indultar um criminoso condenado à morte pela festa da Ascensão. Era o que se chamava o Privilégio de São Romão (Saint Romain) ou da Fierte (orgulho ou soberba). Tal milagre é mencionado em 1394. Talvez, por isso, para justificar o direito de graça que todos os anos exercia o arcebispo de Ruão, em favor de um condenado.
Com efeito, não consta no ciclo detalhado da vida de São Romão, no embasamento da portada da Calenda, na catedral de Ruão. Só muito mais tarde quando são Romão se converteu em patrono dos condenados a morte.

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