Junta de Freguesia de Aveiras de Baixo

Rua 25 de Abril, 26, Aveiras de Baixo, 2050-018
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Aveiras de Baixo, é uma das freguesias do concelho de Azambuja, distrito de Lisboa, dista cerca de cinco quilómetros do concelho e ocupa uma área de mil oitocentos e oitenta e oito hectares. Tem como zonas limítrofes as freguesias de Vale do Paraíso a Norte, Azambuja a Sul, e o distrito de Santarém a Este.

As povoações que constituem a freguesia são: Virtudes, Casais da Lagoa, Casais da Amendoeira (em parte), Casais Telégrafos, Casais Firminos e parte de Vale da Pedra. A beleza da sua magnífica vegetação e o ribeiro de Aveiras de Baixo fazem as honras a quem pretende fugir ao turbilhão citadino.

Possivelmente, o topónimo desta freguesia deve-se ao facto de terem sido seus donatários os Condes de Aveiras. Sabe-se, também, que em tempos a freguesia foi designada de Veiras.

D. Afonso Henriques, em 1147, conquista as cidades de Santarém e Lisboa e a generalidade do Vale do Tejo, contudo, não se sabe quando é que a freguesia foi formada. D. Sancho I, em Janeiro de 1207, atribuiu carta de aforamento aos povoadores de Aveiras de Baixo. Esta situação foi confirmada em Santarém, por D. Sancho II, no ano de 1218. O desenvolvimento da região fez com que, a 1 de Julho de 1401, D. João I concede-se a carta de elevação da freguesia a vila. Em Março de 1493, D. João II encontrava-se em Vale do Paraíso, quando Cristóvão Colombo regressava da América.

O encontro do monarca com Colombo foi feito na freguesia, no lugar de Vale do Paraíso. Com a renovação dos forais, D. Manuel concede nova carta de foral à vila de Aveiras de Baixo, a 13 de Setembro de 1513.

O terramoto de 1 de Novembro de 1755 abalou Lisboa e arredores, provocando estragos em todas as freguesias e vilas, atingindo também, Aveiras de Baixo. Os prejuízos foram enormes, tal como a demora da sua recuperação. Chegado o ano de 1842, o concelho de Aveiras de Baixo é extinto, ficando uma freguesia pertencente ao concelho de Azambuja.

Situada na parte sul do Concelho de Azambuja, a freguesia de Aveiras de Baixo é sem sombra de dúvidas uma das freguesias com mais fortes possibilidades de desenvolvimento a todos os níveis, quer devido à sua localização, quer também à sua integração numa das manchas verdes mais significativas do concelho. Esta zona é a Mata Nacional das Virtudes, e por tal facto a freguesia sai beneficiada. Outro factor que joga a nosso favor é a procura cada vez maior pelo homem de espaços verdes e despoluídos.

Aveiras de Baixo é a Sede da Freguesia, também já foi concelho mas com a aplicação da reforma administrativa veio a mesma retirar-lhe essa denominação.

É também a povoação mais antiga da freguesia, fica situada num vale verdejante e fértil, que por tal facto também está um pouco condicionada em termos expansivos, pois grande parte dos terrenos fazem parte da reserva agrícola nacional.

O acesso a Aveiras de Baixo pode ser feito pela E.N. 366, E.N. 3 e Auto-Estrada.
A arquitectura e natureza, desta bela freguesia, são de enorme importância, revelando um pouco da sua história, não só na arte mas também nas paisagens que ainda se preservam. Do seu património fazem parte a Igreja Matriz, Palácio dos Condes de Povolide, mas o especial destaque vai para:

Igreja do Mosteiro de Santa Maria Das Virtudes da Ordem de São Francisco

Este monumento situa-se em Aveiras de Baixo, distando, cerca de quatro quilómetros da Vila de Azambuja. Tem como acessos a E.N. 3, em direcção a Santarém, virando à direita, ou a linha do Norte, se preferir viajar de comboio regional.
A imagem de Santa Maria, colocada numa ermida, era constantemente visitada pelos mais devotos, conhecedores dos seus feitos milagrosos. O príncipe D. Duarte, antes da conquista de Ceuta, em 1415, alterou o nome da Santa, para Santa Maria das Virtudes, e fez a promessa de edificar o mosteiro da Ordem de São Francisco, caso a batalha fosse bem sucedida. Em 1434, D. Duarte retirou a ermida da dependência do Prior de Aveiras, e, com a autorização do papa Martinho V, doou a imagem à Ordem de São Francisco. Aparecia, deste modo, o mosteiro de Santa Maria das Virtudes, que foi muito importante até ao século XVII. Outrora frequentado por reis e muito bem conceituado, o mosteiro, em 1640, encontrava-se em mau estado de conservação, mas o abandono dá-se em 1834, com a extinção das ordens religiosas em Portugal.
A arquitectura deste templo apresenta três estilos diferentes, em épocas diferentes. Quando foi fundado, possuía um estilo gótico tardio, com apenas uma nave, baixa e larga, com uma abside rectangular (parede que a fechava, junto ao altar-mor). Apresentava um portal ogival de arcos simples e dois delgados capitéis (parte superior da coluna) com decoração alusiva ao vegetalismo. Durante o reinado de D. Manuel I, a igreja sofreu remodelações, tendo-lhe sido acrescentado, por exemplo, uma sala, com abóbada nervurada e fechos de decoração manuelina (Cruz de Cristo e faces em perfil) e pia baptismal. Mais tarde, no século XVII, sofreu alterações notáveis, devido aos sismos. Nessa altura, é a arte barroca que predomina, como por exemplo, o púlpito, os nichos do cruzeiro e os painéis de azulejos das paredes laterais da capela-mor e as pinturas do arranque da abóbada. Actualmente, deste enorme santuário resta, apenas, a Igreja.


O orago da freguesia é Nossa Senhora do Rosário. O Rosário nasceu do amor por Maria, na época medieval, possivelmente no tempo das cruzadas da Terra Santa. O terço é de origem muito antiga, desde o tempo em que os homens que viviam isolados nos montes ou deserto (anacoretas), usavam pedrinhas para contar as orações. Nos conventos medievais, São Beda, o Venerável, sugeriu a união de vários grão enfiados num cordel, para a recitação do Pai-Nosso e de Avé-Marias. Segundo reza a lenda, Nossa Senhora apareceu a São Domingos e ensinou-lhe a recitação do Rosário como arma contra os hereges. Nasce, assim, a devoção a Nossa Senhora do Rosário, que tem o significado de uma grinalda de rosas oferecida a Nossa Senhora.

Padroeiro: Nossa Senhora do Rosário

População: 1.355 habitantes, eleitores

Área: 19.258,02 m2

Actividades económicas: Agricultura, Indústria Transformadora; Comércio e Serviços

Festas e Romarias: S. João Baptista, Senhor dos Aflitos, N.ª Sra. das Virtudes
Património cultural e edificado: Igreja matriz, convento de Santa Maria das Virtudes, palácio dos Condes de Povolide e casa senhorial
Colectividades: Associação de Caçadores de Aveiras de Baixo, Associação Cultural e Recreativa das Virtudes, Associação Desportiva e Cultural de Casais da Lagoa, Casa do Povo de Aveiras de Baixo - Rancho Folclórico da Casa do Povo de Aveiras de Baixo, Centro Cultural Recreativo Amendoeirense, Centro Social e Paroquial de Aveiras de Baixo
Gastronomia: Ensopado de enguias, Torricado, Açorda de Sável

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