Junta de Freguesia do Parâmio

Lugar do Rigueiro, Parâmio, 5300-744
Junta de Freguesia do Parâmio Junta de Freguesia do Parâmio is one of the popular Government Organization located in Lugar do Rigueiro ,Parâmio listed under Government Organization in Parâmio ,

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Não sendo particularmente extensa, esta freguesia vê estender-se o seu território no sentido norte-sul e em estreita faixa, acompanhando a orla noroeste do concelho de Bragança ( e a entestar, pelo norte, com a vizinha Espanha). Fazendo parte integrante do Parque Natural de
Montesinho, Parâmio dista cerca de 18 quilómetros para noroeste da capital concelhia, tendo ligação rodoviária à mesma através da E.N. 318-3.
Implantado em área planáltica de elevada altitude média (cerca de 700 m), na vertente oriental da Serra de Montesinho, o território de Parâmio apresenta-se bastante acidentado, sendo marcado por uma série de altos cabeços fragosos dominando outros tantos estreitos vales encaixados.

A leste da povoação principal corre o pequeno rio Baceiro, fazendo a divisão natural com Vilarinho.

Habitada actualmente por cerca de 400 almas, a freguesia em apreço acusa notório decréscimo populacional ao longo do último meio século (809 habitantes por 1950).

Do ponto de vista toponímico, Parâmio oferecerá duas plausíveis interpretações, uma alicerçada em vertente histórica – de “paramo”, lugar honrado por privilégio medieval, a outra versando mais uma plausível circunstância geográfica, de “lugar deserto, raso e inculto”.

A fixação de populações pelo actual aro da freguesia recuará, possivelmente, aos finais da Pré-História, isto atendendo ao achado, fortuito e isolado, de um “machado de pedra” (polida?), nas “Chãiras” (na carta militar 1/25000 surge “cheira”, um altiplano que atinge 920 m de altitude a
sudeste da sede da freguesia).

Um outro objectivo, este em bronze e referenciado como espécie de “dedeira”, é também proveniente do termo da freguesia, achando-se depositado, da mesma forma, no Museu Abade de Baçal já apontando e sumariamente prospectado pelo infatigável Abade de Baçal (e, muito mais
tarde, arrolado nos inventários castrejos de Neto e A.C.F. Silva), o assentamento fortificado de Torre das Maças terá conhecido a influência civilizacional do domínio romano, evidenciada em algum espólio, cerâmico ou outro, recolhido à superfície.

Cerca de 1963 foi posta a descoberto, nas imediações e numa das vertentes do alto castrejo uma necrópole de época e tipologia indeterminada, noticiada em primeira mão por H. Da Paixão Fernades. As “Villas” de “paramio”, “fontibus” (fontes) e “Uzeive” (Zeive, esta já com sua Igreja) surgem já identificadas nas “inquirições” de 1258, reinado de D. Afonso III.

Em 1290 (D. Dinis) alude-se, por seu turno, às “aldeyas” de “Sam Joham” (S. João, denotado a antiguidade deste culto local) e “Maçãas”.

No conjunto de valores patrimoniais edificados desta freguesia, ressaltam naturalmente os de índole religiosa, sendo de assinalar, para além da Igreja Matriz (datada de 1787), os templos erectos nas povoações de Maçãs, Fontes de Transbaceiro e Zeive, para além de Capela de S. João, eremitério que surge isolado a cerca de um quilómetro para ocidente do Parâmio, junto a
Queimadas.

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