O projecto inicial previa a construção de um grande órgão de quatro teclados composto de trinta e três registos, para um total de 2.192 tubos.
Conforme previsto no concurso, foi colocado na fachada interna, sobre o paravento da entrada da Catedral, posição ideal para uma óptima difusão do som ao longo da nave.
O instrumento foi contido numa caixa de ressonância de carvalho e dotado de um monumental prospecto de tubos em liga de estanho (87%), ordem de 16 pés, dispostos em alas ascendentes que permitem a visão completa da rosácea situada atrás.
O órgão é accionado eletricamente por uma consola situada no plano da igreja, normalmente no transepto, mas deslocável segundo as exigências da liturgia e da actividade cultural (concertos).
Construído segundo os mais actuais critérios de arte, o instrumento é uma obra única representativa do nosso tempo.
Giampaolo Di Rosa
Organista da Igreja de Santo António dos Portugueses em Roma.
Em Itália, Alemanha e Portugal estudou piano, órgão, cravo, música de câmara, práticas de performance historicamente informada, composição e análise musical, conseguindo sete diplomas, dos quais se destacam um mestrado em performance e um doutoramento em análise.
O seu repertório inclui todos os períodos da história da música bem como a improvisação, composições próprias e transcrições para órgão. Interpreta todo o ciclo de J. Sweelinck, JS Bach, C. Franck, F. Liszt, O. Messiaen, Sonatas Mendelssohn e F.-A. Guilmant, Sinfonias de C.-M. Widor e as sonatas para piano de Mozart.
Apresenta-se regularmente em concertos por todo o mundo e tem realizado palestras em diferentes línguas.
Realiza concertos exclusivamente dedicados à arte da improvisação, sobre temas musicais, textos e poemas bíblicos, obras de arte e cinema.
Ativo em muitas áreas de investigação, com um extenso catálogo de obras, de gravações e publicações, é o diretor artístico do Instituto Português de Santo António, em Roma (IPSAR), nomeado em 2008 pelo seu reitor o Mons. Agostinho Borges.
Colabora ainda com outras instituições, destacando-se a Misericórdia de Guimarães, em Portugal e da Catedral de Leon, na Espanha.
O Presidente da República Portuguesa concedeu-lhe, em 2010, o título de Oficial da Ordem do Infante D. Henrique.