Paróquia da Visitação - Funchal

Estrada do Laranjal, nº 27, Santo António, Funchal, 9020-366
Paróquia da Visitação - Funchal Paróquia da Visitação - Funchal is one of the popular Religious Center located in Estrada do Laranjal, nº 27, Santo António ,Funchal listed under Church/religious organization in Funchal , Religious Organization in Funchal , Catholic Church in Funchal ,

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No ano 1961, realizou-se a divisão das grandes paróquias da Ilha da Madeira. A freguesia de Santo António do Funchal, foi dividida em várias paróquias, entre elas, a da Visitação.
Como é natural, as novas paróquias não tinham imagem da sua Padroeira.
A Mãe do céu tocava de mansinho o coração de um dos seus filhos, Ela bem sabia que os anos iriam passar, mas que Ele, Seu Filho jamais se esqueceria. A Senhora da Visitação esperaria o tempo necessário. E esse filho acalentava o desejo de ver, um dia a imagem da sua Padroeira ser aclamada e venerada na própria Paróquia.
Sempre que entrava na Igreja, o amor pela Mãe do céu vibrava dentro do seu coração com mais intensidade. A Mãe do Céu não esquecia este filho muito querido.
Um dia abriu-se à família e contou-lhe o que se passava no seu coração.
Todos os membros da família concordaram e, unidos, ajudaram-no a concretizar o seu sonho.
O primeiro passo estava dado. E agora? Como realizá-lo?
Procuraram casas que vendessem imagens ou alguém que as fizesse, mas em vão. Até que alguém se lembrou que a poderia encontrar em Fátima.
A ideia estava lançada. Mas como chegar lá? A distância era muita, e depois, onde iria?
Não conhecia nada em Fátima, apenas uma pessoa que vivia lá, na Cova da Iria. Talvez o ideal fosse falar-lhe no assunto.
Rapidamente puseram as mãos à obra. Contactaram-na e pediram-lhe ajuda.
A pessoa contactada encheu-se de entusiasmo e não perdeu tempo. Sentindo o peso da responsabilidade, dirigiu-se imediatamente ao local santo, ao local escolhido por Nossa Senhora, onde o Céu toca a terra, e aí lançou-se nas mãos da Virgem da Azinheira e pediu-lhe ajuda, pois Nossa Senhora nunca deixa sem resposta os nossos pedidos.
Vai então à fábrica "ArteSacris" onde fazem imagens. Aí, foi-lhe pedido que arranjasse uma fotografia da Visitação e foi-lhe entregue o catálogo da casa para que escolhesse o modelo.
Tarefa difícil. Onde encontrar a referida imagem que não existia no catálogo?
A Mãe velava e guiava os seus passos.
Lembrou-se então, que há livros com a meditação e fotografias ou gravuras dos Mistérios do Rosário, e aí, certamente encontraria o que desejava.
Tendo em mãos o livrinho, consulta-o, assim como o catálogo que lhe fora dado na fábrica e, mais uma vez, pede ajuda à Mãe do Céu.
Lembrou-se com toda a confiança nos seus braços e no Coração Materno e fez-lhe este pedido:
"Mãe, passa à frente para resolver o que eu sou incapaz de resolver.
Toma conta do que não está ao meu alcance. Tu tens poder para isso.
Quem poderá dizer que foi dececionado por Ti, depois de te ter invocado?"
O pedido estava feito. Esperou com confiança.
Pegou novamente no livrinho e no catálogo e olhando bem para uma e para a outra fotografia, surgiu-lhe uma ideia e perguntou a si mesma:
"Quando vamos visitar alguém, como é que fazemos? Cumprimentamos e abraçamos a pessoa que vamos visitar, não é verdade? Com certeza que Maria teria feito o mesmo."
Então, com esta ideia e cheia de alegria, vai novamente à fábrica e expõe o seu pensamento que foi acolhido com entusiasmo para estudo e análise.
Sentia-se feliz. No mesmo dia o escultor iria ter em mãos um trabalho árduo, mas muito belo. Ele iria reproduzir um acontecimento ocorrido há dois mil anos nas montanhas de Ain-Karen, em Israel onde Maria foi visitar sua prima Isabel.
Logo que Isabel viu Maria , sua prima, ficou cheia do Espírito Santo e, saudando-a disse-lhe: "Bendita és Tu entre todas as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre.
Donde me é dado que a Mãe do Salvador venha até mim?
Quando ouvi a sua saudação o Menino saltou de alegria no meu seio"
Maria, então elevando os olhos ao Céu, proclama aquele lindo cântico Magnificat:
"A minha alma glorifica o Senhor e o meu espírito se alegra em Deus meu Salvador"
A pouco e pouco, minuto a minuto, tudo era feito ao pormenor. O abraço de Maria, o olhar para o céu...
Neste abraço, Maria abraça os seus filhos prediletos, os filhos que são fiéis, os que A amam, os que se afastam e A esquecem. Maria abraça os seus paroquianos e suas famílias, abraça os que se extraviam, abraça-nos a todos, quer nas horas de alegria, quer nas horas de tristeza e é nas horas de maior provação que devemos lançar-nos nos seus braços maternos, pois que Maria, como Mãe amorosa que é, não nos abandona, aconchega-nos com amor, aperta-nos ao seu Coração Imaculado e segreda-nos ao ouvido:
"Meu filho, minha filha, levanta-te, não temas... Vem...Eu amo-te."
Quem é que não se deixa vencer pelo carinho desta Mãe, que temos?
Não há ninguém que possa dizer que não tenha sido atendido por Ela depois de a ter invocado com amor e confiança.
Maria jamais abandona os seus filhos. Ela é Mãe.
O tempo passou e, decorridos quarenta e oito anos após a divisão das paróquias, estava pronta a lindíssima imagem da Visitação!
Faltava a sua deslocação. Deixar a terra de Fátima, a cova da Iria e partir, voar e ir até à Pérola do Atlântico, a linda Ilha da Madeira, onde a Mãe iria proteger e guardar os seus queridos filhos que A aguardavam com amor e expetativa.
Eis que chega o dia 8 de Dezembro de 2008, dia da Solenidade da Imaculada Conceição! Os paroquianos esperavam cheios de amor e ansiedade a imagem da sua Mãe Padroeira e, às 15 horas, aí vai o seu querido filho e família acompanhados do pároco e de alguns paroquianos, em procissão, numa homenagem triunfal, a oferecer à Paróquia a imagem da sua Padroeira.
Ela bem sabia que o seu querido filho, João Evangelista Teixeira, cumpriria o seu desejo. E em boa hora o fez.
Passado um ano, após a chegada da imagem, ei-la junto dos seus filhos, no duro momento do temporal 20 de Fevereiro de 2010.
Agora Ela aí estava, a Mãe do Céu, junto dos filhos, estendendo os braços e abençoando os que, naquele temporal, partiram para junto d'Ela e, ao mesmo tempo, com o seu manto protegia os que ainda iriam ficar.
Ela queria estar presente, bem pertinho, olhando por todos os seus paroquianos, naquelas horas de terror.

Elevemos o nosso olhar para Maria e digamos:
"Obrigado (a), Mãezinha, por me acolheres; por me amares. Ajuda-me a amar-Te sempre e cada vez mais".

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