Região de Lafões

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Território

A região de Lafões situa-se em pleno coração da Beira Alta e é constituída pelos concelhos de Oliveira de Frades, S. Pedro do Sul e Vouzela, que representam uma unidade geográfica característica, "um pequeno retalho do Minho em plena região montanhosa da Beira Central".

De acordo com Amorim Girão, em 1925, no "Guia de Portugal", "Lafões abrange a quase totalidade dos concelhos de S. Pedro do Sul, Vouzela e Oliveira de Frades e ainda uma pequena área dos concelhos de Viseu (parte das freguesias de Bodiosa e Ribafeita), Castro Daire (parte das freguesias de Alva e Gafanhão) e Sever do Vouga (freguesias de Cedrim e Couto de Esteves)". No entanto, quer em termos de organização de serviços do Ministério da Agricultura, quer na delimitação da região vitivinícola, quer no reconhecimento generalizado por parte das populações, a "Região de Lafões" é naturalmente identificada apenas pelos concelhos de Oliveira de Frades, S. Pedro do Sul e Vouzela.

O nome Lafões, ou como se dizia antigamente Alafões, tem origem, de acordo com David Lopes, numa palavra árabe que significa «os dois irmãos».
Esta designação era aplicada a dois montes Lafão e Castelo, que constituem a parte mais setentrional da serra do Caramulo.

A região é limitada a Norte pelo maciço da Gralheira (S. Macário, Arada e Manhouce) e a Sudoeste pela serra do Caramulo, sendo banhada por dois rios, o Vouga e o Alfusqueiro, e pelos seus afluentes.
A paisagem da região caracteriza-se pela profundidade do leito dos rios, que origina curvas e meandros bastante encaixados e pelo relevo bastante irregular com declives acidentados. Estas características explicam o facto de, em geral, as terras serem armadas em socalcos.

A localização entre o Atlântico e o interior do território nacional confere à região características particulares em termos de clima, podendo falar-se de um micro-clima, um clima de transição entre o marítimo e o continental, beneficiando dos ventos húmidos do oeste que penetram toda a região pelo vale do Vouga. A precipitação é abundante durante a maior parte do ano o que leva a que a escassez da água no Verão seja moderada.

Em termos geológicos, na região dominam três tipos: os graníticos calcoalcalinos, os granitos profiroides e os xistos-grauváquicos. Estes tipos de massas dão origem a dois tipos principais de solos: os cambissolos húmidos de granitos e os luvissolos órticos de xistos de relevo acentuado.

Numa visita à região é impossível não reparar no domínio do verde, onde predomina o pinheiro bravo, mas onde se encontram também os prados e lameiros verdejantes e as videiras ( as vinhas de “enforcado”), presentes em toda as propriedades. Os terrenos mais planos e profundos e os de sequeiro são utilizados para a agricultura, especialmente para o cultivo de cereais. A maior parte dos solos, cerca de 72%, tem características que lhe conferem uma aptidão especial para a floresta. Os pinhais têm um papel muito importante na região, pois neles se desenvolve um sub-bosque constituído por uma vegetação herbáceo-arbustiva semelhante à dos terrenos incultos que proporcionam óptimas pastagens para os animais. Estas condições propícias à pecuária fizeram desenvolver a actividade, sendo esta, desde há muito, uma das bases de subsistência de agricultores.

Texto extraído da obra Desenvolvimento da região de Lafões - Edição IERU

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