Turismo Habitação em Casas Individuais

Rua António Manuel Saraiva,83-E nº8, Pinhão, 5085-033
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Geograficamente a Vila do Pinhão encontra-se localizada num vale, dentro do coração do Alto Douro Vinhateiro, mais concretamente, na Região Demarcada do tão apreciado "Vinho do Porto", conhecido por esse mundo a fora.
A terminologia comum de "Vinho do Porto", na realidade, no seu local de origem o Alto Douro, é comumente apelidado de "Vinho Generoso". Interessante será saber o porquê da génese desta nomenclatura. Assim, quando no século XVIII, o vinho generoso nas suas pipas era transportado do Douro - através dos barcos rabelos - para a cidade do Porto os seus habitantes aquando da chegada ao cais começaram a intitulá-lo desta forma na sua exportação.
O Pinhão é hoje uma vila pequena, envelhecida e com pouco mais de 550 habitantes.
O projecto iniciado este ano 2012 por mim, Maria João Botelho Elias, com o restauro de algumas casas, construídas por meu avô João Elias na década dos anos 50, e propriedade de minha Avó Maria Emília Botelho; aparece no sentido de também eu mesma fazer um retorno à minha origem e tentar reerguer o património que com tanto carinho os meus antepassados construíram e não deixar cair um legado que durante séculos desde a monarquia vem depositado nas mãos da família.
A empresa que se encontra ainda em desenvolvimento - e que conta com a colaboração dos meus filhos - é uma criação com o intuito em manter o Douro na continuidade da tradição familiar e para que não mais seja necessário restauros ou resconstruções mas antes um continuo crescimento e alargamento da (re)descoberta do turismo.
A empresa ainda não recebeu prémios porque está em crescimento, apenas tem um cartão de visita que no Douro foi um cartão de visita bem importante João Elias, reconhecido agricultor com quintas de Vinho do Porto e comerciante que abastecia todas as aldeias próximas, bem como outras quintas.
Em 1950 estas casas foram construídas na outrora "Quinta do Bom Sucesso"
Séc.XVIII (1788) pertencente à "Condessa da Tabueira" que mais tarde a população pinhoense passou a chamar de "Quinta Amarela", pela cor amarela que o solar e a capela (séc. XVII) tinham sido pintadas.
A construção destas casas em 1950, destinavam-se ao arrendamento para albergar a população trabalhadora da região, a vila não tendo alojamentos suficientes e o crescimento local, tanto populacional como comercial, crescia abruptamente, começando por deixar de ser apenas um vale entre montes, montanhas com uma paisagem de vinhas e oliveiras do que casas habitacionais.
Hoje com vista à possibilidade de contribuir com a expansão do turismo de habitação surge a ideia de criar um novo conceito na região para desenvolver este sector.
Os apartamentos com origem na década de 50, foram alvo de uma intervenção renovação para que desta forma as condições de habitabilidade e conforto se coadunassem com as necessidades actuais.
O conceito desta ideia proporciona um alojamento temporário podendo ser em grupo, individual, familiar optando por ser mais intimista e menos dispendioso.
Os apartamentos estão equipados com uma cozinha de forma a permitir aos hospedes a confecção de refeições.
As habitações T2/T3 possuem um terraço, equipada com barbecue que funcionam como uma zona de lazer.
Este projecto pretende ainda criar um espaço de divulgação e promoção dos produtos da região num conceito mais atual, dinamico e inovador.
Texto de Autor: Maria João Botelho.

Ler mais: http://douropinhao.webnode.pt/sobre-nos/


"O Pinhão é hoje freguesia do concelho de Alijó, situado na margem direita do Rio Douro, ocupando uma área de cerca de 300 hectares, tendo como freguesias limítrofes Vale de Mendiz, Vilarinho de Cotas, Casal de Loivos, Valença do Douro, Covas do Douro, São Cristóvão do Douro, Gouvães do Douro e Ervedosa do Douro. O Pinhão dista de 17 km da sede de concelho e 38 km da sede de distrito, Vila Real.
O topónimo desta freguesia justifica-se pelo facto de aí se encontrar a foz do Rio Pinhão, afluente do Douro. O rio Pinhão nasce na aldeia de Raiz do Monte, na freguesia de Mina de Jales, atravessando, depois, diversas localidades como Souto Escarão, Pinhão Cel, Balsa, Torre de Pinhão, Parada de Pinhão, Cheires, Vale de Mendiz, São Cristóvão, desaguando no Pinhão.
Trata-se de uma território pequeno na confluência com os rios Douro e Pinhão no extremo sul do distrito de Vila Real, em contacto com o de Viseu. A reduzida área advém do processo de formação ocorrido em menos de setenta anos.
O Douro e a montanha dominam a paisagem. O rio corre largo e profundo, consequência da barragem que lhe prende as águas a jusante; nos dias de calmaria é como se fosse um espelho que reflecte o azul do céu e o branco das nuvens, tudo no meio de um silêncio entrecortado, aqui e além, pelo som de uma motocicleta ou de um automóvel à distância… ou pelo apito do comboio.
Em muitos aspectos o Pinhão sempre se distinguiu das aldeias e vilas em redor, até mesmo daquela que seria a sua sede de concelho. Se o Pinhão tem uma área pequena, onde está a razão de tão próspero crescimento? O elemento geográfico foi determinante porque foi ele que chamou e fixou as pessoas, numa primeira fase e que mais tarde impediu o seu escoar, no refluxo dos anos 70 do século XX. Enquanto a sede de concelho, Alijó, perdeu ininterruptamente população entre 1950 e 2001, cifrando-se numa queda de 38% o Pinhão regista um acréscimo entre 1940 e 1960 resultando entre 1950 e 2001 numa quebra de menos de metade da registada em Alijó, 16%. A explicar este fenómeno, está por certo o forte incremente na área da administração e dos serviços que se verificou no Pinhão. Cento nevrálgico de primeira importância na região vitícola do Douro, essa condição permitiu refrear os impulsos migratórios que ao longo das últimas décadas têm assolado o interior do território nacional. Com o desenvolvimento de novas actividades, nomeadamete de turismo e lazer, talvez o Pinhão tenha encontrado uma resposta capaz de fazer face à crescente desertificação do Interior em proveito do Litoral.
O brasão é constituído por um escudo de prata, uma ponte férrea de três arcos de vermelho, movente dos flancos e assente sobre um ondulado de azul e prata; em chefe uma copa cosida de ouro acompanhada de dois cachos de uva de púrpura folhados de verde. Coroa mural de quatro torres de prata. Listel branco, com a legenda a negro: "VILA do PINHÃO". A bandeira é esquartelada de verde e amarelo, cores do concelho de Alijó. Cordão e borlas de ouro e verde. Haste e lança de ouro. O selo em uso é circular, com as peças do escudo sem a indicação de cores e metais, tudo envolvido por dois círculos concêntricos, onde corre a legenda: "JUNTA de FREGUESIA do PINHÃO".
Ao contrário do que possa parecer, o Pinhão nasceu na margem direita do rio homónimo num sítio que em 1134 era lugar da freguesia de São Pedro de Celeiros de Panóias e que mais tarde integrou o concelho de Gouvães do Douro. A construção da ponte em cantaria em finais do século XVII, inícios do século XVIII foi a principal responsável para o alastramento do lugar para a margem esquerda do rio Pinhão e direita do rio Douro. O telégrafo encerrado em 1875 é prova de que a esta data este processo de deslocalização estaria já em avançado estado de desenvolvimento.
O lugar que anos mais tarde se tornaria a próspera freguesia do Pinhão, não era mais do que um povoado de gentes ligadas ao rio e ao transporte de pessoas e animais entre as margens do Douro e do Pinhão. Só com a demarcação do Marquês de Pombal daquela que é a mais antiga região demarcada do mundo é que o Pinhão começa a definir a sua identidade.
Antigamente chegava-se a esta povoação por uma via romana que ligava Sabrosa à margem direita do Rio Pinhão, ou por Murça, passando por Favaios, Vale de Mendiz, Vilarinho de Cotas e Casal de Loivos. Descia-se, então, a encosta até à zona da praia, onde se armazenava tudo o que se destinava ao embarque ou desembarque nos barcos rabelos, no rio Douro. Mais tarde, essa estrada foi apelidada de “Estrada Real”.
As margens do Douro cobriram-se de vinha que viriam a originar o fantástico vinho do Porto, mas só a partir de 1678 é que surgiu essa designação por iniciativa dos primeiros ingleses que chegaram à região.
É a partir de 1875-1880 que o Pinhão se começa a desenvolver definitivamente já na margem esquerda do rio Pinhão à volta do lugar onde em 1880 chega o primeiro comboio procedente do Porto. Para o desenvolvimento do Pinhão muito contribui o facto de ter sido estação terminal de comboios durante 3 anos. Por decreto-real a linha do Douro terminaria mesmo no Pinhão com a extensão a Espanha decidida mais tarde
Os 300 habitantes que então estavam estabelecidos rapidamente duplicaram com o acesso às novas acessibilidades e a privilegiada ligação ao Porto. Além do comboio surgirão diversas diligências a mais importante procedente de Murça. Rapidamente da linha e para norte ao longo da margem esquerda do rio Pinhão. De todos os lados chegavam carros de bois com pipas de vinho que seriam transportadas pelos rabelos mas também por comboio. A construção das barragens, já em pleno século XX, iria traduzir-se no fim do rabelo e culminar no expoente máximo do monstro de ferro. Naturalmente as populações iam-se fixando naquele entreposto fluvial, ferroviário e viário de características geográficas centrais para toda a região. Os rabelos, o vinho, a areia e a pesca eram o sustento das gentes que depois de verem o comboio em 1880 assistiram à construção de uma ponte metálica sobre pilares de cantaria erguida em 1906 com 207 metros de comprimento e 25 de altura sobre a corrente de então. A localidade tornou-se rapidamente pólo incontornável para o desenvolvimento de qualquer actividade económica num raio de algumas dezenas de quilómetros. 1880 e 1906 determinam historicamente o sucesso do lugar de pescadores que mais tarde se formou vila. O Pinhão tornava-se no início do século XX num importante entreposto de Vinhos Finos que escoava o produto até Gaia pelos barcos rabelos.
A localização privilegiada do Pinhão e os meios de transporte que aqui confluíam contribuíram de sobremaneira para o desenvolvimento desta pequena urbe que rapidamente alcançou o estatuto de Centro Económico Geográfico da Região Demarcada do Vinho do Porto. Não é por acaso que Miguel Torga se refere ao Pinhão nestes termos: “(...) Mas existe uma capital deste feudalismo disperso; uma polarização urbana do tresmalho murado de cada senhor: meia dúzia de casas banais, uma estação com azulejos que reproduzem em mísero a grandeza do cenário, e adegas sombrias, cavadas no chão como furnas – o Pinhão. O cósmico e cosmopolita Pinhão!”.

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