Quando não é a Cloide das Botas chama-se Cláudia Santos.
É filha de emigrantes, a mãe deu-lhe a carne e a inteligência, o pai o espririto criativo e o amor pela arte, heranças que lhe permitem ver e aceitar as dualidades de tudo na vida.
Passou os seus primeiros anos a viajar entre Portugal e Espanha, a ver o mundo através de uma espécie de moldura, – a janela do carro – o que contribuiu para a transformar numa viciada em viagens, assim como em estudante de fotografia.
O gosto pela música foi marcante, levando-a a integrar os mais variados projetos musicais como: a banda filarmónica, o rancho folclórico, a banda de música popular, a banda de covers, os coros mistos, o conservatório, etc.
Começou por tocar clarinete, passou pela guitarra e acabou a cantar na rua.
O teatro é um local que a inspira e desperta o melhor e o pior de si mesma, por esse motivo espera explorar mais essa arte. Teve algumas experiências teatrais que a conduziram nessa direção nas escolas por onde passou, sendo de destacar a Oficina de Teatro da Associação Canto Firme, em Tomar. Tudo isto aconteceu até descobrir que fazer atuações enquanto estátua humana cantora era ainda mais emocionante.
O XVII Encontro de Estátuas Vivas de Espinho, em 2013, foi o ponto de partida para estruturar as atuações e começar a apostar em performances que combinassem música e silêncio, imobilidade e interação com o público.
De seguida, foi nas ruas de Coimbra, junto dos seus habitantes que a Cloide começou a definir o seu estilo próprio e a perder alguns medos, até integrar o grupo de teatro Os Filhos do Palco, onde se estreou no teatro de revista, em Miranda do Corvo.
Para além da representação, a escrita tem sido uma companheira de longa data, de onde se destaca a publicação do conto infantil “O cão que sempre quis ser”, na coletânea Beijos de Bicos. A capacidade para a escrita levou-a a integrar profissionalmente a redação do Jornal Trevim durante o ano de 2014, na Lousã.
Em 2015 o projeto Cloide das Botas consolidou-se no Microninho – incubadora social da ADSCCL, na Lousã.
Futuramente a Cláudia Santos espera continuar a crescer enquanto artista, e a ter sucesso não só enquanto Cloide das Botas, mas também nos restantes projetos em que está inserida desde 2016 na Encerrado Para Obras - Associação Cultural e Artística, em Penela.